Numa árvore escrevi,
Com uma lamina afiada
O nome de minha amada,
Que eu nunca sequer vi…
E dela não sei nada.
Tentei dia após dia
Procura-la por todo o lado,
Só com minha imaginação,
A poderia encontrar…
Porque nunca se me manifestou,
Nunca me procurou…
Como me poderia amar.
É a encruzilhada do momento,
Ou uma história inacabada…
Será que chegou a começar,
Ou foi apenas simulada?
O fio da tinta procura
De ponta a ponta deste papel,
Sem rugas, sem estar enrugado
É apenas branco só de um lado,
Como se esperasse...
Pela tinta de um pincel.
No lado reverso ninguém vê,
Como que se despede do mundo
Para o qual foi criado...
Talvez até seja pequeno
No tamanho, mas não na simpatia,
Vou enrolá-lo serenamente
Para que possa correr mundo
Numa garrafa, noite e dia.
Parte em busca de uma história
Que nele possa ser escrito,
E quem sabe, na nossa memória
Possamos lembrar,
Algo que nunca visto!
O autor;
J. Boni.